quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Choque circulatório


O Choque é uma crise aguda de insuficiência cardiovascular, ou seja, o coração e vasos não são capazes de irrigar todos os tecidos do corpo com oxigénio suficiente. A capacidade das trocas entre o sangue e os líquidos dos tecidos se darem é dependente da pressão do sangue dentro dos vasos: a pressão arterial.
O choque pode ter várias causas. Contudo as mais frequentes são o choque hipovolêmico por hemorragias graves ou desidratação, em que a perda de sangue leva à descida perigosa da pressão arterial; o choque séptico, em que bactérias produzem endotoxinas que causam vasodilatação em todos os vasos de forma inapropriada; e o choque cardiogénico, de causa cardíaca por falência desse órgão em manter a pressão sanguínea.

 

O que é edema de Reinke, doença cujo sintoma básico é rouquidão.

Essa doença se caracteriza por inchaço nas pregas vocais. A causa é uma irritação provocada pelo tabagismo. Parece que atinge mais as mulheres e em geral não causa grandes problemas. Mas parte delas tem a voz tão alterada que fica parecida com a masculina, o que as incomoda muito. Além disso, o inchaço pode fechar totalmente a laringe e levar à insuficiência respiratória.A causa do edema de Reinke é uma irritação intensa, crônica, provocada pelo tabagismo. O fenômeno normalmente surge quando a pessoa abusa da voz, seja falando demais, seja gritando durante horas em um show ou no campo de futebol. Desencadeador importante é ainda o refluxo gastroesofágico. Nesse caso, pode haver também pigarro e sensação de que há algo parado na garganta.O edema de Reinke, também em homenagem ao anatomista, caracterizase pelo acúmulo excessivo de líquido no espaço de Reinke. À medida que o fluido se acumula, o espaço alarga, a ponto de, nos casos extremos, se tornar abaulado como uma bola de futebol americano.

EDEMA PULMONAR 


É o acúmulo anormal de líquido nos tecidos dos pulmões. Está entre as mais freqüentes emergências médicas e significa, muitas vezes, uma situação ameaçadora da vida quando ocorre abruptamente. Poderá ou não ter origem numa doença do coração.
O edema pulmonar é uma situação médica resultante de alguma doença aguda ou crônica ou de outras situações especiais. Problemas do coração, como cardiomiopatia ( doença do músculo do coração ), infarto agudo do miocárdio ou problemas nas válvulas do coração, que determinam uma fraqueza no bombeamento do sangue pelo coração, estão entre as principais causas do edema pulmonar. Quando o coração não funciona bem, o sangue acumula-se nos pulmões, o que leva à falta de ar. Já a infecção pulmonar (pneumonia) ou a infecção generalizada do corpo também leva ao edema pulmonar, mas por um mecanismo diferente. Outra alteração que leva ao edema pulmonar é a diminuição de proteínas circulantes no sangue, seja por problema nos rins ou no fígado. Quando o nível de proteína no sangue diminui, há uma tendência de acúmulo de líquidos nos pulmões. As reações alérgicas por uso de medicações, o uso de narcóticos para dor (morfina, por exemplo) ou como droga de abuso, e a radioterapia para tumores do tórax, podem também ocasionar o edema pulmonar. Quando uma pessoa muda rapidamente de um local de baixa altitude para um de alta, o edema pulmonar também pode ocorrer.

terça-feira, 20 de outubro de 2009


Quelóides



A cicatrização, dependendo de características peculiares, nem sempre resulta em pele lisa.

As cicatrizes hipertróficas (grosseiras) e os quelóides são o resultado da proliferação celular de tecidos fibrosos, sendo que, nos quelóides, produz a um supercrescimento celular (hiperplasia), levando o tecido cicatricial a se tornar exagerado. Eles acontecem em locais de trauma, cirurgia, úlceras de pressão, vacinas, acne e onde corpos estranhos perfuraram ou prejudicaram a pele.

Os quelóides às vezes acontecem em lugares onde a pele não foi ferida. Os quelóides diferem das cicatrizes normais por sua textura mais espessa e por ultrapassar os limites da cicatriz. Algumas pessoas são propensas à formação de quelóides e podem desenvolvê-los em vários lugares.

Os quelóides são mais comuns em pessoas negras. Existem algumas regiões em que o quelóide apresenta uma incidência maior. A pele da região anterior do tórax, que é mais espessa, tende a ser mais acometida, diferentemente da pele da mama que em geral é preservada. Outras áreas do corpo de maior incidência são: ombros, parte superior das costas, queixo e porção inferior das pernas. Boa parte dos quelóides costuma surgir até um ano após o trauma.

Quando um quelóide está associado a uma incisão (corte) ou uma lesão da pele, o tecido cicatricial do quelóide continua a crescer durante um tempo depois que a ferida original já se fechou, ficando progressivamente maior e mais visível. Eles geralmente acometem o adolescente e o adulto jovem, afetando ambos os sexos igualmente. É comum em jovens com orelhas perfuradas. A pessoa fura a orelha, coloca o brinco e o tecido se prolifera, às vezes com grande intensidade; a ponto de que em algumas tribos africanas, em função da incidência freqüente de quelóides, as orelhas se transformam em pontos de adornos. Os quelóides podem acontecer sobre o esterno (osso que fica entre as costelas na parte anterior do corpo) em pessoas que fizeram cirurgia do coração.

domingo, 18 de outubro de 2009


Regeneração
Regeneração promove a restituição da integridade anatômica e funcional do tecido. Todo o procedimento regenerativo se realiza em tecidos onde existem células lábeis ou estáveis, isto é, células que detêm a capacidade de se regenerar através de toda a vida extra-uterina (por exemplo, células epiteliais, do tecido hematopoiético etc.); por intermédio da multiplicação e organização dessas células origina-se um tecido idêntico ao original. Além dessa condição, a restituição completa só ocorre se existir um suporte, um tecido de sustentação (como parênquima, derma da pele etc.) subjacente ao local comprometido. Esse tecido é o responsável pela manutenção da irrigação e nutrição do local, fatores essenciais para o desenvolvimento da regeneração dentro dos padrões normais.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009


NOÇÕES BÁSICAS DO METABOLISMO DAS BILIRRUBINAS


Icterícia é a coloração amarelada da pele e mucosas decorrente do acúmulo de bilirrubina no soro e tecidos. A icterícia manifesta-se clinicamente na pele e mucosas, quando ultrapassa 2,5 mg no sangue.
  Após 120 dias, as hemácias são fagocitadas pelo SRE (baço e fígado) e a fração heme da hemoglobina serve de fonte para a formação da bilirrubina. Assim, cerca de 80% da bilirrubina formada no organismo deriva da hemoglobina de hemácias. O restante (20%) deriva da degradação de hemoproteínas não hemoglobínicas como catalase e citocromos. A fração heme da hemoglobina é degradada em biliverdina pela remoção do complexo ferro-protoporfirina da globina. A biliverdina, por sua vez, é transformada em bilirrubina indireta pela ação da biliverdina-redutase. Neste processo, normalmente 300mg de bilirrubina indireta (BI) ou não conjugada (lipossolúvel) são formados em 24 horas.

Cientistas pretendem usar bactéria como probiótico para tratar cálculo renal.


Um estudo realizado por cientistas da Universidade de Boston, nos Estados Unidos, sugere que a presença de uma bactéria intestinal pode reduzir os riscos de desenvolver cálculo renal. Segundo os pesquisadores, pessoas que naturalmente carregam a bactéria Oxalobacter formigenes são 70% menos suscetíveis a ter pedras no rim. As pedras nos rins se formam a partir do resíduo de substâncias que são expelidas pela urina. Cerca de 80% são formadas por um composto chamado oxalato de cálcio. A bactéria Oxalobacter formigenes consegue quebrar o oxalato no intestino e está presente em uma grande proporção da população. O estudo, publicado na revista científica Journal of the American Society of Nephrology, afirma que o próximo passo será tentar usar a bactéria em tratamentos probióticos, que estimulam o equilíbrio das bactérias no intestino. Caso os resultados sejam positivos, a administração da bactéria pode ser usada como tratamento profilático para pessoas com tendência a desenvolver pedras no rim. "Nossa descoberta tem uma importância clínica em potencial, mas a possibilidade de usar a bactéria como um probiótico ainda está nos estágios iniciais de investigação", afirmou David Kaufman, que liderou o estudo.

A Calcificação Aórtica Aumenta o Risco de Infarto do Miocárdio?


Geralmente, a deposição de cálcio nas artérias ocorre em locais previamente lesados, como em placas de aterosclerose (lesões produzidas pelo acúmulo de colesterol seguida de uma reação inflamatória local específica) ou em trombos, locais onde houve uma ativação da cascata de coagulação ocorrendo após exposição das placas de aterosclerose perante a ruptura da membrana interna das mesmas. Sabe-se cada vez mais da intensa relação da aterosclerose com o infarto cardíaco devido à diminuição do diâmetro dos vasos e assim da oferta de oxigênio ao coração. No entanto, sabe-se também, que a maioria das pessoas irão desenvolver placas de aterosclerose no leito vascular, mas como há vários graus de lesão, somente aquelas mais graves serão responsáveis pelos eventos cardíacos. A deposição de cálcio no leito vascular pode ocorrer em lesões tanto graves quanto leves. Não é rara a visualização, à radiografia de tórax, de áreas de calcificação no arco aórtico - artéria mais calibrosa do corpo humano, sendo a via de saída de cerca de 80% do sangue bombeado pelo coração. Tal fato ocorre especialmente em pessoas acima dos 65 anos. Apesar desse achado ter sido considerado "normal para a idade", perguntas têm sido feitas se o mesmo pode estar relacionado com um risco maior de eventos vasculares como infarto cardíaco, derrame cerebral e obstruções arteriais periféricas (por exemplo nos membros inferiores).
Papel das mitocôndrias no envelhecimento


As dimensões dos órgãos internos guardam relação direta com o conteúdo energético da alimentação. Quanto maior o número de calorias ingeridas, maior o peso do coração, fígado, rim, próstata, músculos e dos linfonodos (gânglios linfáticos) envolvidos na resposta imunológica. Por capricho intencional da natureza, apenas o cérebro e os testículos mantém constante suas dimensões, mesmo quando o indivíduo é submetido a redução drástica do aporte calórico.


O tamanho dos órgãos internos, no entanto, não explica o retardo ou aceleração do envelhecimento. A explicação é dada por um conjunto de organelas microscópicas presentes em todas as células do organismo e responsáveis pela produção de energia: as mitocôndrias.


Cada célula contém centenas de mitocôndrias espalhadas pelo citoplasma. No interior da mitocôndria, as moléculas resultantes da alimentação são utilizadas numa série complexa de reações químicas, que resultará na síntese de uma molécula capaz de armazenar energia e transportá-la para os quatro cantos da célula: o ATP. É no ATP que a célula encontrará 90% da energia necessária para exercer sua funções: produção de proteínas, movimento, excreção, troca de íons, etc. Se não fossem as mitocôndrias, não haveria possibilidade de vida; elas são as centrais energéticas da célula.


A lógica sugere que qualquer fenômeno capaz de comprometer a produção do ATP na mitocôndria, pode prejudicar o funcionamento ou simplesmente matar a célula. De fato, em 1962, R. Luft, da Universidade de Estocolmo, demonstrou que o decréscimo da produção de energia na mitocôndria provocava o aparecimento de doenças debilitantes, características da idade avançada.


Estudos posteriores deixaram claro que o tecido mais rapidamente atingido pelo decréscimo de energia era o sistema nervoso central. Seguiam-se, em ordem decrescente de sensibilidade, o coração, os músculos, os rins e os tecidos produtores de hormônios.

terça-feira, 6 de outubro de 2009


Diabetes e Gravidez


Diabetes




O diabetes mellitus é, até hoje, considerada uma doença crônica. Isto significa que os recursos científicos vão até o controle da doença e não mais além. O diabetes é uma doença que até permite que seu portador tenha uma sobrevida cada vez maior, porém desde que os níveis de glicose no sangue sejam monitorados dia após dia. Tem relação com o caráter hereditário, porém não é uma doença transmissível. É uma doença que afeta homens e mulheres de todas as raças ou condições sociais, sendo já considerada uma epidemia pela Organização Mundial da Saúde.


Na verdade, existem duas classificações para o diabetes:

- Tipo I: É mais rara, surge tanto em crianças quanto em adultos. É controlável por meio de insulina. Neste caso, o pâncreas não fabrica mais insulina, por isso os portadores de diabetes tipo 1 são chamados de dependentes de insulina.

- Tipo II: surge na idade adulta, habitualmente não é necessário o controle por meio de insulina, mas é preciso tomar outros medicamentos. Este tipo de diabetes é chamado de não-dependente de insulina porque, neste caso, o pâncreas ainda fabrica insulina, mas em quantidade insuficiente, ou a ação do pâncreas não é satisfatória para quebrar a glicose, ou ambos os fatores ao mesmo tempo. Em geral, quando aparece, se deve à vida sedentária, aumento de peso, fatores hereditários (casos de diabetes na família).

Por quê o diabetes é controlado por meio de insulina? A Dra. Wilma Lucia de Moraes, médica clínica e anestesista, explica que isto acontece porque, originalmente, nosso corpo fabrica insulina no pâncreas como um mecanismo natural. A insulina tem a função de transformar a glicose sangüínea em energia, para que nosso corpo funcione adequadamente. Quando o pâncreas não dá conta do recado, não produzindo insulina suficiente, havendo uma taxa de glicose acima do normal (hiperglicemia), a pessoa desenvolve o diabetes e precisa tomar injeções diárias de insulina para quebrar a glicose.

Ambos os tipos de diabetes, se não tratados, podem evoluir para outras doenças, inclusive a cegueira. Mas, em geral, o tratamento permite ao indivíduo levar uma vida normal, principalmente se ele aliar a adequada alimentação ao exercício físico e a tranqüilidade e a expectativa positiva de vida.

Em mulheres, pode surgir um tipo de diabetes 'temporário' durante a gravidez, o chamado diabetes gestacional.

Diabetes Gestacional

Mulheres que não têm histórico de diabetes na família podem vir a desenvolver a doença, temporariamente, durante a gravidez. Segundo a Dra. Wilma, esse risco é maior quando a mulher ganha muito peso durante o período de gestação, mais ainda se for uma mulher de idade acima dos 35 anos.

A médica relata que a mulher, na gravidez, pode desenvolver novos hábitos de alimentação, ingerindo muita massa e doces, não fazendo nenhum tipo de ginástica ou exercício físico. É um tipo de diabetes que tende a regredir espontaneamente, mas mesmo assim requer cuidados porque pode afetar o bebê.

Um Caso de Diabetes na Gravidez

A Dra. Wilma conta que acompanhou alguns casos, entre eles o de uma mulher que havia tido seu primeiro filho, uma criança com mais de 4 kg de peso, que morreu dois dias depois do parto. Na ocasião, o diabetes não foi identificado ou tratado, o que levou ao óbito do bebê. Quando essa mulher engravidou novamente, esteve aos cuidados da Dra. Wilma que, com base na história da primeira gestação, fez os exames e aplicou os tratamentos necessários, modificando inclusive a alimentação. Por volta do oitavo mês, no entanto, a criança teve que ser retirada (quando já estava apta para a vida, embora prematura) e, desta vez, sobreviveu. A mulher teve outros dois filhos, que também sobreviveram.

Conforme o relato da médica, a criança vive, enquanto ainda no útero materno, em regime de alta glicemia. O excesso do açúcar no sangue da mãe faz com que tanto a mãe quanto a criança fiquem acima do peso ideal. O choque acontece quando, após o parto, o bebê entra em hipoglicemia, pois o ambiente uterino não está mais fornecendo glicose. Então ela vem a falecer, se não for retirada a tempo.

Causas, Sintomas e Efeitos

São várias as causas do diabetes gestacional, sem descartar o stress, que provoca alterações no sistema de defesas do organismo materno. Essas causas são o excessivo ganho de peso, alimentos doces em demasia, a falta de atividade, o fumo. No diabetes gestacional, alguns alimentos são proibidos e, se ingeridos, agravam ainda mais o quadro.

Os sintomas da mulher grávida variam muito de pessoa para pessoa, embora alguns possam ser comuns e mais visíveis, como o excessivo ganho de peso, inchaço, bulimia (comer demais). Ela também pode se queixar de vômitos incontroláveis, sua urina se modifica ou é abundante, visão turva (às vezes, necessitando de óculos temporariamente) e, em alguns casos, a mulher deve ser internada a intervalos regulares e monitorada em ambiente hospitalar.

A grávida deve prestar bastante atenção, pois seu estado de humor pode oscilar demasiadamente e com freqüência maior que a habitual. Isto acontece devido à estreita relação que existe entre os hormônios secretados e as emoções, segundo especialistas da Fundação Milton Erickson.

Vários fatores em conjunto, durante a gravidez, podem então fazer com que a glicose não seja utilizada adequadamente e, neste caso, ela se acumula no sangue, sendo o excesso eliminado através da urina. A falta ou a não-ação da insulina impede o organismo de aproveitar as proteínas, as gorduras e os hidratos de carbono, fontes de energia do organismo.

Exames e Tratamento

- Controle da urina e do sangue através de testes específicos (por exemplo, o teste de glicemia, que é a quantidade de açúcar no sangue), controle sistemático de peso, acompanhamento pré-natal intensificado, relata a Dra. Wilma. Todo e qualquer medicamento que a grávida necessita tomar deve ser indicado e acompanhado pelo médico.

- No diabetes gestacional, como nos outros tipos de diabetes, é importante saber que a maior parte do tratamento deve ser feita pelo paciente, e não pelo médico. Este apenas tem o papel de educar a grávida para que ela se auto-regule, além de oferecer todas as informações para garantir que ela saiba como conduzir a gravidez.

- Se a mulher não tem histórico de diabetes na família, a melhor forma de evitar a doença durante a gravidez é através da alimentação. Uma vez constatado o diabetes, convém, além dos cuidados médicos, seguir orientação de um nutricionista.

Dicas

· A mulher que tem propensão maior ao diabetes deve confiar seu pré-natal a um médico que esteja disponível e acessível para dar orientação, inclusive por telefone, pois ela pode precisar dele a qualquer momento.

· Exercícios de relaxamento contribuem muito para prevenir e controlar a atuação do sistema imunológico. Em circunstâncias ideais, o sistema imunológico confere ao organismo todas as defesas contra as doenças, fortalecendo a mãe e o bebê.

· O diabetes gestacional é bem conhecido e tem tratamento definido, podendo dar à mãe e aos bebês maior qualidade de vida atualmente. Por isso mesmo, a grávida deve freqüentar grupos de diabetes, ler e acompanhar artigos sobre a doença e procurar, ela mesma, estabelecer um controle adequado, não esperando que seu instrutor (o médico) dirija o carro para ela.

· Evitar filmes pesados e tristes, evitar ouvir histórias de outras mulheres com final trágico, pesar todos os conselhos caseiros que recebe vão trazer um enorme ganho emocional para a grávida, que pode ajudar no controle do diabetes.

· Ao fim da gestação, fazer exames e controles, pois o diabetes tende a desaparecer, neste caso, assim como veio. A expectativa positiva de cura é fundamental e a futura mãe precisa saber que ela tem direito - e obrigação - de ser saudável e feliz, para conduzir bem a própria vida e mais a do pequeno ser que está vindo ao mundo.

Fontes: Dra. Helena P.S.Leite, médica, "Fatores de Risco Durante a Gravidez".

Dra. Wilma Lúcia Moraes, médica clínica e anestesista, Centro de Perícias do INSS - SP.

A Calcificação Aórtica Aumenta o Risco de Infarto do Miocárdio?


Geralmente, a deposição de cálcio nas artérias ocorre em locais previamente lesados, como em placas de aterosclerose (lesões produzidas pelo acúmulo de colesterol seguida de uma reação inflamatória local específica) ou em trombos, locais onde houve uma ativação da cascata de coagulação ocorrendo após exposição das placas de aterosclerose perante a ruptura da membrana interna das mesmas. Sabe-se cada vez mais da intensa relação da aterosclerose com o infarto cardíaco devido à diminuição do diâmetro dos vasos e assim da oferta de oxigênio ao coração. No entanto, sabe-se também, que a maioria das pessoas irão desenvolver placas de aterosclerose no leito vascular, mas como há vários graus de lesão, somente aquelas mais graves serão responsáveis pelos eventos cardíacos. A deposição de cálcio no leito vascular pode ocorrer em lesões tanto graves quanto leves. Não é rara a visualização, à radiografia de tórax, de áreas de calcificação no arco aórtico - artéria mais calibrosa do corpo humano, sendo a via de saída de cerca de 80% do sangue bombeado pelo coração. Tal fato ocorre especialmente em pessoas acima dos 65 anos. Apesar desse achado ter sido considerado "normal para a idade", perguntas têm sido feitas se o mesmo pode estar relacionado com um risco maior de eventos vasculares como infarto cardíaco, derrame cerebral e obstruções arteriais periféricas (por exemplo nos membros inferiores).

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

SINUSITE

O que é?
Sinusite é uma doença com base inflamatória e/ou infecciosa que acomete as cavidades existentes ao redor do nariz. Estas deveriam comunicar-se com as fossas nasais sem impedimentos! São cavidades revestidas por uma mucosa que necessita ventilação para a manutenção da normalidade na região.
A figura apresenta a região do nariz em uma visualização interna de seus componentes. Observe a proximidade destas cavidades para-nasais (ao redor do nariz) com as estruturas das órbitas (olhos), dentes e do cérebro. Sinusites podem levar a complicações sérias nestas regiões vizinhas!

Como se adquire?
Após infecção viral, inflamação de origem alérgica ou por poluentes, a mucosa da região nasal aumenta de volume e obstrui a comunicação destas cavidades com as fossas nasais. Esta obstrução acarreta o início da colonização por germes e fungos que estão presentes na região, mas não encontravam condições favoráveis ao seu crescimento.

O que se sente?
A doença pode gerar sensação de "peso na face", corrimento nasal, dores de cabeça, sensação de mau cheiro oriunda do nariz ou da boca e obstrução nasal com eventuais espirros.
Como o médico faz o diagnóstico?
O diagnóstico é feito através da história que o paciente relata, exame físico da região e de exames radiológicos eventualmente necessários.

Como se trata?
O tratamento é feito com analgésicos, medicamentos para melhorar a permeabilidade nasal e antibióticos específicos aos germes que forem encontrados na região. Trata-se com medicamentos antifúngicos as infecções fúngicas sinusais.

Como se previne?
O cuidado com a saúde para se evitar as infecções virais e a manutenção da permeabilidade nasal durante essas viroses; o correto tratamento dos problemas alérgicos; a correção cirúrgica de eventuais desvios septais obstrutivos e/ou cornetos nasais obstrutivos podem prevenir as sinusites.
Quem vive em regiões frias ou com grandes variações climáticas ao longo dos dias ou meses, deve tomar cuidados mais intensos pela propensão maior da doença.


TAMANHO DO PÊNIS

A preocupação com o tamanho do pênis é comum entre os homens. Essa ansiedade pode ocorrer na infância, na adolescência ou na fase adulta. Meninos freqüentemente comparam o tamanho de seus pênis com os dos outros. Piadas e brincadeiras surgem dessas comparações. Entretanto a situação muda quando há início da atividade sexual.


Muitos homens, embora com pênis de tamanho normal, o acham pequeno por várias razões:
 
O pênis dos outros é maior.

Essa situação é muito comum e na maioria das vezes sem fundamento médico. Esses pacientes reclamam do comprimento do órgão mesmo com ereção e penetração vaginal normais.
Pacientes obesos reclamam ter pênis curto.

Essa situação é devida ao embutimento do pênis em meio à gordura sobre o púbis o que dá a impressão de um órgão pequeno.
Estatura alta e pênis não proporcional.

Embora haja certa relação da estatura do paciente com o tamanho do seu pênis, existe uma ampla variação de comprimento encontrada. Homens de baixa estatura podem ter pênis maiores que homens de alta estatura e vice-versa.
Flacidez peniana e ereção.

Os pacientes geralmente se preocupam com o tamanho do pênis em flacidez que é geralmente o momento de comparação com o de outros homens. Muitos não sabem o comprimento em ereção ou qual foi o crescimento adicional. O que muitos se esquecem é que o tamanho deve ser acompanhado de uma ereção efetiva que garanta uma penetração vaginal.

O que é um pênis normal?
Deixando de lado os aspectos anatômicos de normalidade, um pênis flácido mede de 5 cm a 10 cm de comprimento. O tamanho durante a flacidez não determina o tamanho durante a ereção. A medida é feita desde o ponto em que ele se encontra com o corpo (não com a pele) até a extremidade da glande. Se aplicarmos tração manual, o pênis ganhará de 2 a 5 cm. Masters e Johnson (1966) verificaram que o pênis em ereção mede de 12,5 cm a 17,5 cm. Um recém-nascido apresenta um comprimento médio de 3,75 cm.
O que é um pênis anormal?
Não há uma definição universalmente aceita. Um pênis flácido menor que 4cm ou um ereto com menos de 7,5 cm devem ser considerados pequenos. Entretanto, encontramos pacientes que se aproximam desses valores mas com boa ereção e sem queixas no seu relacionamento sexual.

Quais as causas de pênis pequeno?
Causas hormonais por desordem de funcionamento dos testículos ou da hipófise podem interferir no desenvolvimento do pênis bem como de toda a genitália masculina. Dentro destes casos encontra-se desde o micro-pênis até a genitália ambígua. O pênis pode ficar pequeno em conseqüência de traumatismos, queimaduras ou doenças adquiridas (doença de Peyronie). Geralmente essas causas são raras. O mais freqüente é que o paciente não esteja satisfeito com o tamanho do seu pênis mesmo que o médico nada encontre de anormal.

Tratamento
O paciente deve ser examinado detalhadamente, incluindo volume e presença dos testículos, presença e localização de pêlos pubianos e outros caracteres sexuais secundários. Se o pênis for considerado de tamanho normal pelo médico, o paciente necessitará de uma avaliação por um sexólogo, psicólogo ou psiquiatra a fim de pesquisar a verdadeira razão de sua queixa. Se o pênis for considerado pequeno e forem detectadas alterações hormonais, uma reposição com testosterona está indicada.
Tratamentos não cirúrgicos como aparelhos à vácuo, aparelhos de tração mecânica, aparelhos de estimulação eletromagnética, pesos, não dão resposta satisfatória permanente. O tratamento cirúrgico envolve secção dos ligamentos suspensores do pênis, injeção de gordura no corpo do pênis (aumento do diâmetro) ou uso de retalhos cutâneos das coxas ou nádegas. Esses tratamentos não são isentos de complicações e algumas delas podem ser graves, tais como necrose dos retalhos, reabsorção de gordura, insatisfação do paciente. Além disso, os resultados desses tratamentos são pouco conhecidos na literatura médica.

Conclusão
Infelizmente, muitos profissionais pouco éticos se aproveitam da ansiedade e dúvidas dos pacientes, indicando, sem nenhum critério, tratamentos que mais visam onerar o paciente do que realmente uma orientação científica. Os pacientes com dúvidas sobre o tamanho do seu pênis devem procurar profissional qualificado, o qual avaliará a situação, podendo ser necessária uma opinião multidisciplinar com sexólogo ou psiquiatra.
MITOS E VERDADES SOBRE A COLUNA VERTEBRAL 


Deformidades, dor, estalos, zumbidos nos ouvidos, rigidez no pescoço, hérnia de disco, postura e má postura, escoliose e natação, coluna e fator emocional. 

1º - por uma deformidade.
A deformidade pode ser observada pelo próprio paciente ou por um familiar que identifica alteração no nível dos ombros, da bacia ou da própria coluna. Em alguns casos ao vestir uma roupa nota-se que ela não fica com bom caimento. Em geral as deformidades podem ser posturais ou decorrentes de alguma alteração na coluna mesmo.

2º - pela presença de dor.
No caso da dor ela é um sinal de que algo não esta bem com o nosso organismo. Pode ser por algum esforço físico (por exemplo, uma entorse da coluna), por lesão do disco intervertebral (hérnia de disco) ou até mesmo como manifestação de alguma doença sistêmica que pode comprometer a coluna vertebral (por exemplo, artrite reumatóide).

1. Rigidez no pescoço, e estalar com o movimento da cabeça, para direita e para esquerda, fortes zumbidos nos ouvidos.
Os sintomas de estalidos no pescoço acompanhados de zumbidos nos ouvidos são freqüentes nos pacientes que apresentam alterações osteoarticulares na coluna cervical. Eles podem estar ou não acompanhados de manifestações degenerativas na coluna. A rigidez do pescoço é provocada pelas manifestações de desgaste da cartilagem articular. Esses sintomas aparecem tanto em pessoas jovens como em idosos. Quando os sintomas aparecem aos 20 anos de idade as alterações ósseas nem sempre serão visíveis no exame radiográfico da coluna cervical. Em relação aos zumbidos podem estar relacionados com alterações circulatórias do ouvido. Um dos quadros clínicos mais freqüentes é a síndrome “cervicocefálica”. Em razão dos sintomas múltiplos o tratamento será com a atuação de vários profissionais da saúde entre eles os ortopedistas, otorrinolaringologistas, neurologistas e oftalmologistas.

2. Por quê acontece a ruptura dos discos intervertebrais?
Os discos intervertebrais são estruturas que se encontram localizada entre as vértebras. O disco é formado por um anel fibrocartilaginoso, uma estrutura gelatinosa que recebe o nome de núcleo polposo e muita água. A função do disco intervertebral é a de absorver e diminuir os impactos sobre as colunas vertebrais, provenientes das atividades físicas da vida diária. O anel fibroso normalmente mantém-se intacto nos esforços a que a coluna é submetida. Entretanto, o disco pode em determinadas situações sofrer um traumatismo ou mesmo um envelhecimento podendo ocorrer uma ruptura do anel fibroso e o núcleo polposo extravasar de seu local original, instalando-se o quadro de dor nas costas.

3. Qual a posição correta de equilíbrio da Coluna?
A posição correta de equilíbrio da coluna é a que predispõe nosso corpo a uma distribuição normal das pressões e que facilita a nossa movimentação.

4.Em que casos é indicada a discectomia endoscópica?
A cirurgia de hérnia de disco é um procedimento importante nos casos de dor lombar com comprometimento do nervo ciático que não alivia após oito semanas de tratamento, piora da função neurológica dos membros inferiores ou ate mesmo de um procedimento de emergência quando correr uma compressão da medula. A técnica de remover o disco com uma incisão mínima esta indicada para casos específicos de hérnia de disco, localizada em um determinado nível e que esteja sendo executada pela primeira vez. A vantagem desta técnica é que a permanência no hospital é curta de cerca de 24 horas e a recuperação para as atividades da vida diária são mais rápidas do que as que exigem longas incisões.

5. Qual a relação entre fator emocional e dor lombar?
A dor lombar é um sintoma muito freqüente e que altera as atividades diárias do paciente assim como as suas relações afetivas familiares e profissionais. A sensação de dor é única, pessoal e intransferível. Para comprovar a relação descrita na pergunta usam-se vários instrumentos que medem os diferentes tipos de alterações da personalidade. Um dos mais simples e amplamente usado chama-se de questionário SF-36 que mede a qualidade de vida do paciente com lombalgia (dor lombar) através de 10 perguntas. Deste modo podemos ter uma analise básica sobre o comportamento da dor e a sua interferência na qualidade de vida do paciente.

6. A má postura pode prejudicar a coluna? O que devo fazer para corrigir isso?
A má postura pode sim prejudicar o funcionamento da coluna vertebral. Olhando uma pessoa de frente a sua postura será nivelada, mas olhando de perfil (de lado) observaremos que existem curvaturas ditas fisiológicas: lordose cervical, cifose dorsal, lordose lombar e cifose sacrococcígea. Sempre que ocorrer um exagero, uma retificação ou ate mesmo uma inversão dessas curvaturas teremos o que se chama de uma má postura. Nesta situação existe a necessidade de uma avaliação ortopédica. Se não existirem problemas estruturais uma atividade física orientada ensinara o paciente a ter uma postura correta nas atividades da vida diária resultando em um bem estar físico.

7. Alongar-se pela manhã pode aliviar dores nas costas?
O habito de realizar atividades físicas deve ser estimulado na vida das pessoas. A coluna vertebral por ser um eixo que se conecta com as demais estruturas ósseas necessita alem da integridade das vértebras a perfeita sintonia com os ligamentos e músculos visando movimentos amplos e sem dor. Em situações tais como doenças inflamatórias articulares, seqüelas de fraturas ou ate mesmo o ato de dormir em um colchão de má qualidade fará com que ao acordarmos tenhamos dores nas costas. Em relação ao ato de alongar-se ele é bem vindo e deve ser realizado não só ao acordar com antes e após qualquer atividade física.

8. O que é dor lombar (como se trata)?
A dor lombar é um dos problemas mais freqüentes na pratica medica. Cerca de 90% dos adultos terão a experiência de sentir uma dor lombar em suas vidas. A lombalgia (dor lombar) é a segunda causa de ausência ao trabalho em pacientes abaixo de 45 anos. A coluna vertebral é um eixo retilíneo quando visto de frente e desempenha a função de suporte para o tórax e os braços assim como para a bacia e as pernas. Os segmentos cervicais e lombares são os mais moveis e permitem movimentos amplos em todas as direções. Porem a coluna vertebral não suporta o exagero de movimentos de rotação, hiperflexão e hiperextensão. A correta utilização da coluna vertebral prevenirá as pessoas de sentirem dor em sua coluna. Na presença de dor ocorrerá uma diminuição de movimentos implicando em piora na qualidade de vida. Uma maneira de mantermos a nossa coluna em condições de equilíbrio é o de realizarmos exercícios rotineiramente visando uma musculatura adequada para as suas funções e com isso evitaremos a presença da dor lombar.

9. Escoliose e natação
A natação não apresenta capacidade de corrigir uma escoliose porem é uma boa atividade física para manter a musculatura em condições e exercitar a respiração A escoliose é toda e qualquer deformidade lateral da coluna quando o paciente é examinado de frente. A escoliose tem diversas causas: neurológicas, congênitas, traumática e idiopática (sem um causa conhecida). Este é o tipo de escoliose a mais freqüente. Ao se falar em correção de escoliose devemos lembrar que ela só pode modificar a sua evolução durante o período de crescimento ósseo. Depois de encerrado o crescimento a escoliose não sofrerá nenhuma mudança em sua curvatura. Entre os tratamentos específicos para a escoliose, na fase de crescimento, incluem-se a observação médica, a realização de atividades físicas, o uso do colete ortopédico e inclusive o tratamento cirúrgico. Todos os métodos estão diretamente relacionados com o grau de curvatura da escoliose.

10. Quando a dor lombar se torna crônica?
A dor localizada na região lombar pode se tornar crônica se não intervirmos na eliminação ou atenuação dos problemas que desencadeiam a lombalgia. As situações que podem desencadear uma dor lombar são:
1-estiramentos na musculatura de suporte da coluna vertebral. Em geral essa situação ocorre quando a musculatura está mal condicionada para a pratica de atividades físicas, seja no esporte ou no trabalho A lesão do músculo ou ligamento ocorre rapidamente em situações de estresse muscular ou ligamentar e de um modo geral esta associada ao fumo, má condicionamento físico e à obesidade.
2- efeito do envelhecimento do corpo humano, basicamente, relacionado com a osteoporose, perda da flexibilidade e elasticidade dos músculos e ligamentos. O símbolo da osteoporose são as microfraturas na coluna vertebral que se exteriorizam na clinica por uma dor lombar crônica.
3- lesão do disco intervertebral, com o envelhecimento o disco intervertebral perde a sua resistência ocorrendo fissuras na sua periferia. Esta é uma das causas mais freqüentes de origem da lombalgia

TONTURA - VERTIGEM - "LABIRINTITE"
O que é?
Tontura é o termo que representa genericamente todas as manifestações de desequilíbrio.
As tonturas estão entre os sintomas mais freqüentes em todo o mundo e são de origem labiríntica em 85% dos casos. Mais raramente, as tonturas podem ser de origem visual, neurológica ou psíquica.
Vertigem é um tipo particular de tontura, caracterizando-se por um sensação de rotação.
Labirintite é uma enfermidade de rara ocorrência, caracterizada por uma infecção ou inflamação no labirinto. O termo é utilizado de forma equivocada para designar todas as doenças do labirinto.
Existem dezenas de doenças e/ou distúrbios labirínticos e cada uma delas tem características próprias que exigem formas especiais de tratamento.
Como é?
A maioria das pessoas usa a palavra tontura para descrever a sua perturbação do equilíbrio corporal. Outras descrevem essa perturbação como atordoamento, sensação de “cabeça leve”, entontecimento, estonteamento, impressão de queda, instabilidade, sensação de flutuação, de estar caminhando em cima de um colchão, tonteira ou, ainda, zonzeira.
A vertigem é o tipo mais freqüente de tontura. O paciente sente-se girando no meio ambiente ou o ambiente gira a sua volta.
As crises mais fortes de tontura podem ser acompanhadas de náuses, vômitos, suor, palidez e sensação de desmaio.
Muitos pacientes com tontura também podem referir outros sintomas como ruídos no ouvido ou na cabeça (zumbido, zoada, tinido, tinitus), diminuição da audição, dificuldade para entender, desconforto a sons mais intensos, perda de memória, dificuldade de concentração, fadiga física e mental. Isso é devido às interrelações entre o sistema do equilíbrio com a audição e outras funções do sistema nervoso central.



A figura mostra o ouvido externo (canal do ouvido, tímpano), ouvido médio (com os ossículos martelo, bigorna, estribo) tuba auditiva, ouvido interno ou labirinto (aparelho vestibular, vestíbulo, cóclea, nervo vestibular, nervo coclear), cérebro.
Labirinto – O que é?
O labirinto, também conhecido como ouvido interno, congrega as funções da audição e do equilíbrio. Fica encrustado no osso temporal, um dos ossos do nosso crânio.
A palavra labirinto lembra uma estrutura complexa e elaborada. Assim, quando os anatomistas clássicos começaram a estudar o osso temporal, perceberam que havia tantas estruturas, tantos pequensos orifícios, tantas estruturas ósseas diferentes, que o nome labirinto foi a escolha lógica.
A parte anterior do labirinto, chamada de cóclea, está relacionada coma a audição. A parte posterior, formada por um conjunto de três canais, chamados de canais semicirculares, está relacionada com o equilíbrio.
A estrutura que liga a cóclea ao aparelho vestibular é chamada de vestíbulo (o “hall” de entrada do labirinto).
Dentro do labirinto ósseo existe um labirinto membranáceo, imerso em um líquido chamado perilinfa. No vestíbulo, o labirinto membranaáceo divide-se em duas pequenas bolsas: o utrículo e o sáculo. O labirinto membranáceo é preenchido por um líquido, a endolinfa.
As informações sobre o equilíbrio e a audição chegam ao cérebro através dos nervos vestibular e coclear, respectivamente.

domingo, 4 de outubro de 2009

O que é a Rubéola e como se dá sua transmissão?



Introdução


A rubéola é uma doença causada por um vírus, freqüente nas crianças, e caracterizada por um rash (exantema) na pele, aumento dos gânglios linfáticos e febre. Geralmente tem evolução benigna. Entretanto, pode produzir malformações congênitas graves no feto quando afeta mulheres gestantes. O agente etiológico causador da rubéola é um vírus pertencente ao gênero Rubivírus. A transmissão da rubéola se dá pelo contato com secreções nasais e bucais de pessoas infectadas, como a saliva. Além disso, a rubéola pode ser transmitida de mãe para filho durante a gravidez através da placenta. De 14 a 21 dias, após contato com o vírus, a pessoa poderá apresentar os sintomas.

Às vezes esses sintomas são muito leves e podem passar despercebidos: aproximadamente metade das pessoas com rubéola não percebem suas manifestações. Outras pessoas podem apresentar manchas avermelhadas na pele, que se iniciam na face, couro cabeludo e pescoço. Mais tarde, essas manchas se espalham pelo tronco e membros.


A importância da Rubéola em Epidemiologia se relaciona com a Síndrome da Rubéola


Congênita (SRC), quando acomete mulheres gestantes que não foram vacinadas contra o vírus, principalmente no primeiro trimestre da gestação.

As principais manifestações clínicas da Síndrome da Rubéola Congênita são: deficiência auditiva, doença cardíaca (cardiopatia) congênita, catarata, retinopatia (doença da retina, nos olhos) microcefalia (diminuição do tamanho do cérebro da criança), e atraso do desenvolvimento neuropsicomotor.

Como a Rubéola pode ser prevenida?


Devido aos problemas que a Rubéola pode causar, toda mulher deve procurar se vacinar, antes mesmo de pensar em engravidar. Além das mulheres, as crianças de 15 meses de idade devem ser vacinadas.

A vacina geralmente proporciona a imunidade por toda a vida, mas pode causar algumas complicações que desaparecem depois de algumas semanas. Podem aparecer alguns sintomas como febre baixa, lesões na pele ou dores nas articulações. Contudo, a vacina contra a rubéola é muito importante e não deve ser evitada.

No entanto, a vacina não deve ser tomada pelas mulheres que já estão grávidas. Isso, porque, ela pode provocar a doença no feto. Por isso, recomenda-se que a gravidez seja evitada por 3 meses após a vacinação. Além disso, a vacina está contra indicada em pessoas com alergia aos componentes da vacina, ou em pessoas com o sistema imune deficiente, como no caso de indivíduos com Aids.

A análise da situação epidemiológica e a estimativa da população não vacinada no Brasil, definiu a necessidade da realização de uma Campanha nacional de vacinação para homens e mulheres entre os 20 e 39 anos de idade, com o objetivo esgotar a população ainda suscetível e interromper a circulação do vírus da rubéola no país. Será utilizada a vacina dupla viral, que além de proteger contra a rubéola irá proteger também contra o sarampo, reforçando a estratégia de eliminação do sarampo o Brasil.

Com o objetivo de aumentar a cobertura dos adolescentes por vacinas, apenas os estados do Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte irão vacinar também os adolescentes entre 12 e 19 anos de idade utilizando a vacina tríplice viral. A campanha será realizada no período de 9 de agosto a 12 de setembro de 2008, sendo o “Dia D” no dia 30 de agosto.

Rubéola Congênita

A forma congênita da Rubéola decorre da infecção da mãe pelo vírus causador da doença, durante as primeiras semanas da gravidez. Quanto mais precoce for a infecção em relação à idade da gestação, mais grave será a doença.

A mãe adquire o vírus da maneira usual, ou seja, transmissão se dá pelo contato com secreções nasais e bucais das pessoas infectadas.


A infecção da mãe pode levar ao abortamento, morte fetal ou anomalias congênitas como diabetes, cardiopatia, catarata, glaucoma e surdez, entre outras.


A doença se manifesta, além da perda do feto, por uma variedade de sinais e sintomas que vão do aumento do volume do baço e do fígado, icterícia (coloração amarela dos olhos), manchas na pele, até anomalias congênitas como surdez, catarata, diabetes e glaucoma, que aparecem em distintos estágios do desenvolvimento da criança. A surdez é o sintoma mais precoce da Síndrome da Rubéola Congênita.


A mãe, quando infectada, transmite o vírus para o feto, que atravessa a placenta, causando a doença.

Diagnóstico e Tratamento

Em crianças, ocorre um aumento generalizado dos gânglios linfáticos (linfonodos), com predominância nas regiões posterior do pescoço, atrás das orelhas, e suboccipital. Surge o rash (exantema) na pele, de intensidade variável, começando pela testa e face, espalhando-se de cima para baixo, para o tronco e extremidades. O rash da pele desaparece em cerca de 3 dias. Em indivíduos mais velhos pode haver febre, mal estar e dores de cabeça.

As lesões mais comuns no feto, nos casos de rubéola congênita, são: doença cardíaca congênita, catarata, coriorretinite, microcefalia (diminuição do tamanho do cérebro), retardo mental, surdez, hepato-esplenomegalia (aumento do fígado e do baço), púrpura trombocitopênica, retardo no crescimento intrauterino, pneumonia intersticial e miocardite (inflamação do músculo do coração).

Não existindo um sintoma que seja o mais característico, o diagnóstico diferencial com outras infecções similares somente é realizado, com segurança, através de exames laboratoriais.

Não existe tratamento específico para casos de rubéola sem complicações. Os pacientes se recuperam com repouso e tratamento sintomático e de apoio. Toda a ênfase deve ser colocada na PREVENÇÃO, através da vacinação.


Fonte: revista boa saude

Tabagismo da gestante e baixo peso ao nascer aumentam os riscos de asma infantil



16 de setembro de 2009 (Bibliomed). A exposição do feto ao tabagismo materno e o baixo peso ao nascer aumentam de quatro a seis vezes o risco de a criança desenvolver asma, segundo estudo sueco apresentado esta semana no Congresso Anual da Sociedade Respiratória Europeia. A asma é a doença crônica mais comum em crianças, e alguns dos fatores de risco as afetam antes mesmo do nascimento. É o caso do tabagismo materno na gestação, que é associado ao prejuízo da função pulmonar da criança, inflamação nas vias aéreas e asma.


Além dos problemas respiratórios, os pesquisadores explicam que o tabagismo na gestação atrapalha o crescimento e desenvolvimento do feto, o que também está associado com diversos problemas de saúde na idade adulta, incluindo prejuízo da função pulmonar. E o estresse oxidativo induzido pelo cigarro nas vias aéreas por causa dos problemas no crescimento fetal seria uma explicação plausível para o desenvolvimento de asma nessas crianças.

Em estudo com quase 3,4 mil crianças com sete e oito anos de idade, acompanhadas por quatro anos, os pesquisadores notaram uma prevalência de baixo peso de 4,1%, e que 24,3% haviam sido expostas ao tabagismo na gestação. A média de peso ao nascer de crianças nascidas de mães que haviam fumado na gravidez foi 211g menor do que a de filhos de mulheres não-fumantes. Em crianças com baixo peso, a prevalência de asma foi de 11,5%, contra 7,7% das crianças com peso normal. E, se o tabagismo na gravidez fosse considerado, essa taxa corresponderia a 23,5% e 9,5%, respectivamente.

A segunda análise, quando as crianças tinham entre 11 e 12 anos, mostrou também maior prevalência de chieira e asma diagnosticada em filhos de fumantes e naqueles que nasceram com baixo peso. "Este é o primeiro estudo a demonstrar um efeito de modificação do baixo peso ao nascer sobre a associação do fumo na gestação com asma na infância", destacou o pesquisador Anders Bjerg, líder do estudo.

Fonte: 19th Annual Congress of the European Respiratory Society. Press release. 14 de setembro de 2009.





sábado, 3 de outubro de 2009

O que é e como tratar a alopécia



O que causa a Alopécia ?






Normalmente, são perdidos cerca de 100 fios de cabelo por dia.


A perda súbita e/ou excessiva de acabelo pode resultar do uso de certos medicamentos (como os utilizados no tratamento do câncer, de doenças do sistema circulatório, úlceras ou artrite), dietas muito restritas, alterações hormonais (como na menopausa), hipotireoidismo, lúpus, fivelas e rabos de cavalo muito apertados e utilizados por muito tempo, infecção por fungos ou em doenças graves e/ou prolongadas.


Ainda que a perda de cabelo seja mais perigosa para a psique que para qualquer outra coisa, algumas das causas da calvície podem representar sérios problemas de saúde.


Por isso é importante relatar a perda de cabelo para o(a) médico(a).


Um desses problemas é a chamada Alopécia Areata, doença autoimune de causa desconhecida onde células inflamatórias atacam os bulbos dos folículos pilosos.


Nos casos mais sérios, todos os pêlos do corpo caem. Mas vias de regra eles retornam espontaneamente.


Cerca de 95% dos casos de alopécia se refere a um distúrbio hereditário chamado Alopécia Androgenética.


O padrão masculino de calvície se refere ao deslocamento para cima e para trás da linha de cabelo da testa.


O padrão feminino se refere à perda difusa de cabelo no couro cabeludo. Em ambos casos, o culpado é uma substância chamada diidrotestosterona (ou DHT).


Ao circular pela corrente sanguínea, a testosterona é convertida em DHT pela enzima 5-alfa redutase.


Quanto maior a atividade da enzima, mais DHT se ligará aos receptores nos folículos capilares – e isto leva a cabelos cada vez mais finos, até que nada mais cresce no folículo e ele próprio desaparece.


Quais são os tratamentos da Alopécia?


Deve ser direcionado para a causa específica, quando existe – ver Causas.


Nos casos de alopécia androgenética, é melhor olhar para seus pais e avós: há uma boa chance de que você vá ficar como eles.

Minoxidil:


droga originalmente concebida para tratar a hipertensão arterial, que, no curso das pesquisas para avaliar sua eficácia, apresentou como efeito colateral e crescimento de cabelo.


Ninguém sabe ao certo como o Minoxidil funciona e ainda existem controvérsias quanto ao índice de sucesso com seu uso.


Para ser eficaz, deve-se utilizá-lo duas vezes ao dia, sendo que o remédio funciona melhor em indivíduos jovens e com perda recente de cabelo.


Alguns aspectos desfavoráveis do Minoxidil: (1) pode causar coceira no couro cabeludo, (2) deve ser utilizado por toda a vida (a suspensão do remédio causa reaparecimento da alopécia), e (3) não é indicado para os casos de alopécia na linha frontal (funciona melhor quando a perda de cabelo ocorre apenas na "coroa").


Os pesquisadores acreditam que outros remédios reativadores do crescimento dos cabelos logo apareçam na esteira do Minoxidil.


Por exemplo, a Finasterida, utilizada no tratamento da Hiperplasia Prostática Benigna, possui propriedades anti-androgênicas que podem torná-la um medicamento promissor no tratamento da alopécia.
Fonte: revista Boa Saúde


28/09/2009 , às 18h30




Brasil recebe 1º lote do novo tratamento para tuberculose



Remessa de 10 milhões de comprimidos, quantidade suficiente para tratar 100 mil pacientes, já chegou a Brasília


Chegou ao Brasil o primeiro lote do novo medicamento adquirido pelo Ministério da Saúde para tratar pacientes com tuberculose. Os compridos fabricados por um laboratório indiano já estão em Brasília, onde ficarão estocados temporariamente. A distribuição do novo esquema terapêutico aos estados será em outubro.
O novo tratamento é o DFC (dose fixa combinada) ou “quatro em um”, como é conhecido. A vantagem dessa terapia é que ela aumenta a efetividade e a eficácia do tratamento com a inclusão de uma quarta droga em um mesmo comprimido, o que reduz o abandono e melhora a adesão ao tratamento.


A primeira remessa contém 10 milhões de comprimidos, quantidade suficiente para tratar 100 mil novos casos da doença. Esse montante corresponde à metade da compra de 20 milhões de comprimidos feita pelo governo brasileiro ao preço total de US$ 6 milhões. A mudança nos medicamentos que tratam a tuberculose fará o preço da terapia cair de US$ 40 para US$ 30. O próximo lote chegará ao País em fevereiro de 2010.
Cada comprimido do novo tratamento contém Rifampicina 150mg, Isoniazida 75mg, Pyrazinamida 400mg e Etambutol 275mg, medicamentos que atuam na eliminação do bacilo de Koch, causador da tuberculose. O novo esquema terapêutico será usado nos dois primeiros meses dos novos tratamentos, a partir da implantação no Sistema Único de Saúde (SUS). Os pacientes que já estão em tratamento deverão manter a prescrição inicial.


O restante da terapia, que dura mais quatro meses, será feita com as drogas usadas atualmente. Dessa forma, continuarão em uso duas das quatro drogas em um mesmo comprimido, conhecido como “dois em um”. Portanto, tanto os novos quanto os antigos pacientes cumprirão o mesmo esquema terapêutico nos últimos quatro meses de tratamento.

A tuberculose é causada pelo bacilo de Koch (Mycobacterium tuberculosis), que afeta vários órgãos, mas principalmente os pulmões. Os principais sintomas são tosse prolongada, cansaço, emagrecimento, febre e sudorese noturna. O bacilo é transmitido pelo ar, quando o paciente tosse, fala ou espirra. Em 1993, a OMS declarou a tuberculose como uma emergência global.




AVANÇO - A mudança na terapia da tuberculose deve aumentar a adesão dos pacientes ao tratamento, elevar os índices de cura e reduzir o percentual de abandono da terapia, que não pode ser interrompida. A interrupção leva o bacilo do Koch a ficar resistente aos remédios, o que elimina a eficácia do tratamento e exige novas drogas. Portanto, a cura só ocorre se o paciente cumprir à risca essa recomendação.


Embora tenha reduzido o percentual de abandono do tratamento da tuberculose de 11%, em 2001, para 8%, 2008, o Brasil ainda está acima dos 5% recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como parâmetro de aceitável. A meta brasileira é atingir este patamar até 2015.


De acordo com o último relatório divulgado pelo Ministério da Saúde, a situação epidemiológica da tuberculose no País, a incidência de casos novos da doença passou de 51,44 por cada grupo de 100 mil habitantes, em 1999, para 37,12, em 2008, o que representa uma redução de 27,83% em 10 anos. Em números absolutos, o Brasil registrou 82.934 novos casos no final da década passada, contra 70.379 no ano passado.


PREPARAÇÃO – A primeira etapa para implantar o novo medicamento já foi cumprida com a realização de uma reunião, em Brasília, no dia 20 de agosto, com os coordenadores dos programas nacional e estaduais de controle da tuberculose. Na ocasião, foram dadas as orientações sobre a implantação do novo esquema terapêutico. Os coordenadores estaduais voltaram a suas bases com a missão de organizar cursos locais de repasse das recomendações sobre o tratamento para as equipes que atendem aos pacientes nas unidades de saúde.




No momento, os estados estão ajustando seus respectivos cronogramas de capacitações destinadas aos profissionais de saúde. Além disso, as Secretarias Estaduais de Saúde (SES) vão mapear quantas unidades receberão o novo esquema terapêutico. A previsão é completar este processo até o fim de 2009 para que o novo tratamento possa ser usado a partir de janeiro de 2010.


Segundo a OMS, 22 países concentram 80% dos casos de tuberculose no mundo. Nos últimos três anos, o Brasil passou da 14ª para a 18ª posição no ranking mundial de casos da doença, o que significa que as ações de controle estão sendo eficazes. Em relação à incidência, que é calculada com base no número total de casos em relação a cada grupo de 100 mil habitantes, o país ocupa o 108º lugar. No Brasil, a doença é a 4ª causa de mortes por doenças infecciosas e a 1ª em pacientes com Aids.




FONTE:http://portal.saude.gov.br/portal/aplicacoes/noticias/default.cfm?pg=dspDetalheNoticia&id_area=124&CO_NOTICIA=10602