segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Abscesso - O que é?



É designado de abscesso ou abcesso o acúmulo localizado de pus num tecido, formando uma cavidade delimitada por uma membrana de tecido inflamatório (membrana piogénica). O líquido purulento que a preenche se forma em virtude da desintegração e morte (necrose) do tecido original, microorganismos e leucócitos.


Causas


Pode ser causado por vários agentes patogénicos microbiológicos, como as bactérias piogénicas (incluindo estafilococos, estreptococos, gonococos, entre outros), ameba, além de algumas substâncias químicas (como a essência de terebintina).


Sintomas


Os sintomas dependem do órgão ou tecido afetado. No entanto, classicamente temos como manifestações de todo processo inflamatório a dor, calor, rubor e tumefação locais, podendo apresentar perda de função. Os abscessos "maduros" têm flutuação à palpação e a pele que os reveste torna-se mais fina.


Têm ocorrência mais comum na pele, mas podem atingir qualquer tecido. Dificilmente há remissão espontânea, com a reabsorção (se pequenos) ou fistulização.


Tratamento


Um abscesso deve sofer intervenção cirúrgica com o objetivo de aliviar os sintomas e favorecer sua cura. Para drenar um abscesso, o médico deve acessar sua parede e libertar o pus. Depois da drenagem, se o abscesso for de maiores dimensões, deixa um amplo espaço vazio (espaço morto), e sofrerá cicatrização por segunda intenção. Em certos casos, é necessário o uso temporário de drenos artificiais.


Como o centro necrótico do abscesso não recebe suprimento sanguíneo, está encapsulado e sob condições químicas adversas (baixo pH), os antibióticos não costumam ser muito eficazes para o tratamento primário. Depois de realizada sua drenagem, antibióticos podem ser administrados para evitar a disseminação do processo infeccioso ou sua recorrência.


• A análise microbiológica do material pode guiar a escolha do antibiótico mais eficaz,[2] mas esta é necessária apenas em casos de maior gravidade ou falha terapêutica com a adequada drenagem e antibioticoterapia empírica.[3]


Complicações


Um abscesso inadequadamente tratado pode resolver-se espontaneamente: reabsorvido ou formando fístulas (comunicação) para o meio externo. Ao fistulizar para cavidades naturais do corpo dá origem a um empiema, mas também pode complicar-se ao drenar para a corrente sanguínea, levando bacteremia e, nos casos mais graves, sepse.


Apresentações


O abscesso pode ocorrer em qualquer região do corpo afetada por um agente piogênico (cérebro, osesos, pele, pulmão, músculos). Porém, existem alguns tipos de maior relevância, seja por sua frequência ou sua gravidade.


Abaixo segue uma lista com alguns dos abscessos descritos pela literatura de saúde:


• Abscesso cutâneo


• Abscesso perianal


• Abscesso peritonsilar


• Abscesso pulmonar


• Abscesso amebiano


• Abscesso Esplênico


• Abscesso da Glândula de Bartholin







Afta



Afta (ou estomatite aftosa) é uma ferida na mucosa bucal, é uma ferida considerada limpa, pois não é provocada por microorganismo algum, como bactéria ou fungo. Caracteriza-se como áreas de erosão (com rompimento do tecido epitelial e exposição do tecido conjuntivo) em qualquer local da cavidade bucal. Geralmente ocasiona reação inflamatória de intensidade leve ou moderada associada à dor, por expôr o tecido conjuntivo (e suas terminações nervosas) em contato direto com o meio bucal.


Pouco se conhece sobre a etiopatogenia das aftas. Dados científicos sobre o assunto sugerem que a aftose provavelmente seja uma manifestação comum a diversas doenças, causada por mecanismos distintos, geralmente de natureza imunológica. Geralmente a lesão regride de 1 a 2 semanas (mas pode persistir por um período incerto).


Segundo a crença popular, alimentos e frutas ácidas como o abacaxi e o limão, assim como temperos picantes, podem funcionar como possíveis indutores da formação de aftas, preferencialmente em quem já apresenta tendência para o problema. Mas os principais desencadeadores das lesões são o stress e trauma local . Outros fatores também podem causar ou contribuir como: doenças sistêmicas, imunopatias, deficiências nutricionais, alergias, doenças auto-imunes e reações a determinados tipos de medicamentos.


Incidência


Ocorre em 20% a 50% da população mundial. A tendência começa na adolescência e se agrava na faixa dos 30 e 40 anos, fase em que o stress aumenta. Com o avanço da idade a tendência diminui e por vezes, o problema desaparece por completo. Lesões que perdurem por mais de duas semanas devem ser avaliadas por um Estomatologista, que é um médico especialista na área da boca, ou um Médico-Dentista.


Características


As aftas surgem na maioria das vezes em pessoas saudáveis; A afta comum não provoca febre nem mau hálito; Não tem cura definitiva, é um problema que vai e volta; Não é transmissível de uma pessoa para outra; As feridas são limpas, pois não há nelas fungos ou bactérias que desencadearam o problema.


Possíveis causas


A teoria mais aceita é a de que pessoas com afta estão com alguma deficiência no sistema imunológico, que pode ser atribuída, entre outras coisas, a: Predisposição genética; Tensão pré-menstrual; Deficiência nutricional causada, entre outros fatores, por um desequilíbrio alimentar ou até por algum efeito secundário de um medicamento.


Tratamento


Dependendo do indivíduo, o tratamento visa a aliviar os sintomas, prevenir o aparecimento de novas aftas e diminuir a gravidade do surto. O uso de bicarbonato de sódio serve para diminuir a dor, pois destrói as células nervosas responsáveis por ela, porém o bicarbonato também destrói os tecidos saudáveis da mucosa, fazendo com que a afta demore ainda mais a desaparecer.


É recomendado o uso de fermentos láctico (Saccaromyces Boulardii), própolis, pois, segundo relato de várias pessoas que utilizam o método, o problema desaparece em poucos dias, além de aliviar a dor assim que aplicado sobre a lesão. Qualquer produto que contenha bicarbonato de sódio pode ser usado (p.e. sal de frutas).


Anti-inflamatório corticóide é muito usado em bochechos ou em pomadas apropriadas. Há também injeções anti-inflamatórias que são aplicadas sobre a lesão.


Um tratamento muito eficaz é utilizar Syzygium aromaticum, conhecido popularmente como cravo-da-índia. O cravo tem propriedades medicinais, compreendem o tratamento de náuseas, flatulências, indigestão, diarreia, tem propriedades bactericidas e é também usado com anestésico e antisséptico para o alívio de dores de dente.


O óleo de cravos-da-índia pode ser extremamente aliviante quanto há dor e promove a cura da ferida. É um analgésico e um antisséptico natural, usado primeiramente na odontologia para seu eugenol do ingrediente ativo. A aplicação constante fornece o relevo significativo, e o sabor desagradável é compensado pelos benefícios. A aplicação consiste de uma ou duas gotas do óleo de cravo-da-índia em um botão de algodão sendo introduzidas gradualmente na área afetada.


Há também uma nova forma de amenizar a dor de forma imediata, por meio de laser. Este é aplicado em consultórios odontológicos e, apesar de ser uma técnica nova, vem se mostrando muito funcional, pois, além de praticamente sanar a dor, não tem contraindicações.





Doença na gengiva aumenta risco de infartos e derrames





Apenas dois em cada dez adultos possuem gengivas sadias, segundo dados do Ministério da Saúde. Entre os idosos, a taxa é de apenas 10%. Embora seja difícil para um leigo associar uma coisa e outra, inflamações na boca podem levar a doenças cardiovasculares como infarto e derrame, como confirma um novo estudo feito no Brasil.
A doença periodontal é uma infecção, causada por bactérias, que afeta os tecidos que rodeiam os dentes. 0 sinal mais característico é o sangramento frequente. O problema tem sido associado a diversas doenças, como diabetes, infecções pulmonares e até partos prematuros.
O novo estudo, feito por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e Universidade Estadual Paulista (Unesp), vinculados ao Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Fluidos Complexos, mostrou que pacientes com a doença nas gengivas têm níveis até quatro vezes mais altos de triglicérides (gordura) no sangue. Além disso, têm níveis mais baixos de HDL, o "bom colesterol". Explica que a doença periodontal leva o sistema imunológico a lutar contra as bactérias, mas o organismo acaba atacando o que não deve também. O processo gera o que os cientistas chamam de LDL (ou "mau colesterol") modificado, o verdadeiro vilão da saúde cardiovascular.
Se o LDL estiver íntegro, afirma o pesquisador, ele é metabolizado no fígado e levado pelo HDL para ser excretado. Ou seja, a pessoa não precisa de remédios para baixar o colesterol. "Mas o LDL modificado não participa do metabolismo e fica depositado na parede das artérias", diz. O resultado é a aterosclerose, o acúmulo de placas de gordura que pode causar infartos e derrames.
O estudo contou com uma nova técnica, chamada de Varredura-Z, para a dosagem da quantidade de LDL modificado no plasma. "Os resultados revelaram que pacientes com periodontite são portadores de um maior número de LDL modificadas quando comparados com os pacientes controle".
A análise foi feita em 40 pacientes com periodontite crônica, monitorados ao longo de um ano. Após tratarem a doença, a concentração de LDL modificada caiu significativamente, mostrando que a saúde bucal tem uma importância maior para a saúde do que simplesmente conservar o sorriso.