domingo, 8 de novembro de 2009




Teratoma :






DEFINIÇÃO:

Um tipo de tumor de células germinais derivado de células pluripotentes e constituído de elementos de diferentes tipos de tecido de uma ou mais das três camadas de células germinais; mais freqüentemente encontrado no ovário ou no testículo em adultos e na região sacrococcígea em crianças. Os teratomas variam de benignos (maturo, dermóide e cístico) a maligno (imaturo e sólido).

Cisto dermóide:

O cisto dermóide é um dos tumores mais comuns do ovário e um exemplo de teratoma. Macroscopicamente é um tumor cístico preenchido por cabelos e material sebáceo. A parede interna do cisto tem aspecto de pele, com epiderme, folículos pilosos, glândulas sebáceas e sudoríparas. Geralmente, em uma área da parede mais saliente na luz do cisto e chamada promontório, encontramos vários outros tipos de tecido, que tipicamente derivam dos três folhetos embrionários. Alguns cistos dermóides parecem um atlas de histologia normal pela variedade de aspectos. Porém, os tecidos estão topograficamente desorganizados e agrupados sem nenhuma 'lógica'. Em diversas áreas podemos reconhecer estruturas organóides, como a que lembra víscera oca, com musculatura lisa em duas camadas e até esboço de inervação autonômica.


Vemos tecido nervoso central (ectoderme) com áreas de gliose e até diferenciação para córtex cerebelar. Há vários tipos de epitélio de revestimento: escamoso, cilíndrico ciliado, com ou sem células caliciformes, e do tipo intestinal (endoderme). Há ainda glândulas mucosas, serosas e sero-mucosas (também da endoderme) e tecidos de linhagem conjuntiva como músculo liso e osso (mesoderme). Em suma, qualquer tecido normal pode estar presente.
Pode apresentar-se histologicamente com os padrões sólido, cordonal e folicular. O padrão folicular reproduz a disposição das células da granulosa em volta dos óvulos, e os pequenos folículos formados por elas são conhecidos como corpúsculos de Call-Exner. Os tumores da granulosa podem produzir grande quantidade de estrógenos, imitando as células normais. Neste caso, podem se acompanhar de hiperplasia glandular cística ou de carcinoma do endométrio (20% dos casos, conjuntamente) ou de doença fibrocística da mama. Em alguns casos, pode haver secreção de andrógenos em vez de estrógenos, levando a virilismo. A maioria tem evolução benigna, mas uma pequena percentagem é maligna. Não é possível pelo aspecto histológico predizer o comportamento biológico.